- A CARTOGRAFIA DO MAPA
Um único trajeto, dois pontos de vistas diferentes sobre ele. A sensação angustiante de incompletude, tão comum nos seres humanos e tema principal do livro O Céu Que Nos Protege, de Paul Bowles, é metaforizada aqui pelo deslocamento do público por dois caminhos (o Caminho dos Espelhos e o Caminho do Tempo) que percorrem os mesmos espaços, porém em ordem diversa. O movimento das cenas obedece a lógica do omitir-revelar: se ao seguirmos por um caminho obtemos determinadas informações a respeito dos personagens, no outro descobrimos detalhes novos sobre os mesmos, o que possibilita expandirmos nossa compreensão a respeito dos eventos que se sucedem. No fim, os dois lados da mesma história poderão finalmente se unir e assim dar-nos – ao menos em termos narrativos – uma visão global de quem são essas pessoas e quais são as suas motivações. Algo que, infelizmente, é impossível no ritmo incessante da vida que ruge lá fora, como um leão perdido no deserto.
Um único trajeto, dois pontos de vistas diferentes sobre ele. A sensação angustiante de incompletude, tão comum nos seres humanos e tema principal do livro O Céu Que Nos Protege, de Paul Bowles, é metaforizada aqui pelo deslocamento do público por dois caminhos (o Caminho dos Espelhos e o Caminho do Tempo) que percorrem os mesmos espaços, porém em ordem diversa. O movimento das cenas obedece a lógica do omitir-revelar: se ao seguirmos por um caminho obtemos determinadas informações a respeito dos personagens, no outro descobrimos detalhes novos sobre os mesmos, o que possibilita expandirmos nossa compreensão a respeito dos eventos que se sucedem. No fim, os dois lados da mesma história poderão finalmente se unir e assim dar-nos – ao menos em termos narrativos – uma visão global de quem são essas pessoas e quais são as suas motivações. Algo que, infelizmente, é impossível no ritmo incessante da vida que ruge lá fora, como um leão perdido no deserto.
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